Hepatite de origem desconhecida: Atualização

O número total de casos notificados em todo o mundo é de aproximadamente 450, incluindo 11 mortes relatadas da Indonésia [5], Palestina [1], e Estados Unidos [5], segundo publicação de 11 de maio do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC).
Já no Brasil, o Ministério da Saúde informou em 11 de maio de 2022, que está monitorando 28 casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida. São dois casos no estado do Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, três no Paraná, dois em Pernambuco, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em São Paulo. Os casos seguem em investigação. Os centros de informações estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh) monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como casos suspeitos da doença.
Desde o primeiro alerta lançado pelo Reino Unido em 5 de abril de 2022, casos prováveis de hepatite de etiologia desconhecida em crianças têm sido relatados de vários países do mundo.
A etiologia e os mecanismos patogênicos da doença ainda estão sob investigação. Uma possível associação com a infecção pelo adenovírus tipo 41 está sendo estudada, mas outras hipóteses e possíveis cofatores estão ainda sob investigação.
A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em 21 países, até o momento. A doença pode ser grave sendo que em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado. A doença atinge principalmente crianças de um mês a 16 anos.
As manifestações clínicas entre os casos identificados são de hepatite aguda (inflamação do fígado) iniciada com sintomas gastrointestinais de dor abdominal, diarreia e vômitos, antes do surgimento da icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos, juntamente com aumento importante das enzimas do fígado, acima de 500UI/L. A maioria dos casos não apresenta febre.
Segundo as definições de caso da OMS, revisadas em 23/04/2022 e a Comunicação de Risco do Ministério da Saúde, divulgado em 24/04/2022, para a notificação incluem-se:

– Caso Suspeito: Indivíduo que apresenta quadro de hepatite aguda, com idade entre 0 e 16 anos, com dosagem de aspartato aminotransferase (AST) ou alanina aminotransferase (ALT) acima de 500 UI/L.* Mesmo que os resultados de sorologias de hepatites virais estiverem em andamento, estes casos devem ser notificados para a vigilância epidemiológica.

– Caso Provável: Indivíduo que apresenta quadro de hepatite aguda, com idade entre 0 e 16 anos, com sorologias negativas para hepatites virais, e com aspartato aminotransferase (AST) ou alanina aminotransferase (ALT) acima de 500 UI/L.

Todos os casos que atenderem as definições de caso acima devem ser notificados imediatamente, tanto pela rede publica como pela privada, no formulário do site da COVISA.

Para prevenção até o momento, são recomendadas medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, o que também serve para evitar a transmissão de adenovírus e diversas outras doenças de transmissão respiratória ou oral.
Fontes: Agência Brasil, Agência Aids, CIEVS SP, MS, OMS, OPAS, ECDC, CDC
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