Clostridium: uma ameaça crescente

A infecção por Clostridioides difficile (ICD), anteriormente denominado de Clostridium difficile, é uma das IRAS (infecções relacionadas à assistência à saúde) mais comuns e é uma causa cada vez mais frequente de morbidade e mortalidade entre idosos internados. Também é cada vez mais diagnosticado em pacientes mais jovens e procedentes da comunidade, ou seja, de fora do hospital.
O C. difficile coloniza o trato intestinal humano após a flora intestinal normal ter sido interrompida (frequentemente devido ao uso de antibióticos), e causa diarreia líquida e profusa, com espectro de gravidade variável, podendo chegar a formas graves de colite pseudomenbranosa ou fulminante.
O tratamento da ICD em adultos, inclui a confirmação diagnóstica, o manejo dos sintomas, como desidratação e distúrbios eletrolíticos, uso de antibióticos específicos por via oral, além do pronto isolamento do paciente para evitar a disseminação da bactéria para outras pessoas.
Estima-se que ocorram anualmente quase meio milhão de infecções por essa bactéria só nos Estados Unidos. Sendo que cerca de 1 em cada 6 pacientes com infecção pelo Clostridioides difficile terá recidiva dentro de 2 a 8 semanas, e uma em cada 11 pessoas com mais de 65 anos diagnosticada com infecção por C. difficile pode morrer dentro de um mês, se não devidamente tratada.
A ICD pode afetar qualquer pessoa, sendo que os fatores de risco, além do uso de antibióticos, são:
• Ter 65 anos ou mais
• Internação recente em hospitais ou em instituições de longa permanência como clínicas e asilos
• Deficiência imunológica, como na HIV/AIDS, câncer ou pacientes transplantados que tomam imunossupressores
• Infecção anterior por C. difficile.
Fontes: UpToDate, CDC
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