Surto de Monkeypox

Os últimos dados dos Estados-Membros da OMS até 22 de maio indicam mais de 250 casos confirmados e suspeitos de varíola do macaco (monkeypox) em 16 países. Os sintomas podem ser muito semelhantes aos da varíola, porém são menos graves; a febre precede o início do exantema vesicular em 2 dias e dura cerca de 8 dias, enquanto as lesões na pele podem durar 3 semanas.
O Ministério da Saúde estabeleceu, nesta segunda-feira (23), uma Sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no País, mas pode ser uma questão de tempo até que casos sejam identificados.
A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.
As orientações para se evitar a contaminação pelo vírus da varíola do macaco incluem: evitar o contato da pele com a pele ou proximidade com qualquer pessoa que tenha sintomas, praticar sexo seguro, higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 70% e manter a etiqueta respiratória, medidas que tem similaridades com as medidas preventivas contra a COVID-19.
O tratamento com antivirais específicos (ou seja, tecovirimat, que é aprovado para varíola do macaco, mas ainda não amplamente disponível) pode ser considerado em protocolos de estudo. Em setembro de 2019, uma vacina desenvolvida a partir do ortopoxvirus vaccinia, cepa Ankara (MVA), comercializada sob os nomes Imvamune e Jynneos, foi aprovada para prevenção de varíola humana e varíola de macacos, mas ainda não está amplamente disponível. Por outro lado, a vacina contra a varíola humana é igualmente eficaz já que os vírus da varíola humana e do macaco pertencem à mesma família, Poxviridae e ao mesmo gênero, Orthopoxvirus. Os Orthopoxirus causam imunidade cruzada, portanto a vacina contra um oferece proteção contra os outros. A vacina da varíola humana protege contra a varíola de macaco, e pode vir a ser utilizada em casos de contingência.
Medidas de reconhecimento e isolamento precoce dos casos suspeitos, estão sendo instituídos por vários países, bem como a inclusão da vacinação de contatos próximos como profilaxia pós-exposição ou para determinados grupos de profissionais de saúde para a vacinação pré-exposição.
A OMS e as autoridades sanitárias dos países não endêmicos, mantem a vigilância epidemiológica dos casos, e maiores informações técnicas para manejo do surto serão fornecidas nos próximos dias.
Fontes: Global.healthy, United Nations news, OMS, Ministério da Saúde, Gov.br.
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