O risco da Leishmaniose visceral

A leishmaniose visceral em humanos (LVH), ou Calazar, é considerada pela OMS uma das principais doenças negligenciadas do planeta, pois ocorre com maior frequência em populações socialmente mais vulneráveis, principalmente crianças. É endêmica em 76 países. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil.
Casos de LVH, como o confirmado pela Vigilância Epidemiológica de Sorocaba (SP) em 06/09 reacendem o alerta do risco de surto em centros urbanos.
Desde 1913 a doença é descrita em vários municípios brasileiros, apresentando mudanças importantes no padrão de transmissão, inicialmente predominando em ambientes silvestres e rurais e mais recentemente em centros urbanos, devido ao desmatamento.
A LVH é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui.
Para prevenir a doença é importante manter peridomicilio livre de matéria orgânica como folhas, fezes de animais, restos de comida, já que é nesse material que as fêmeas do mosquito põem seus ovos e geram uma grande quantidade de novos mosquitos que irão transmitir a doença para pessoas e cães. O diagnóstico e tratamento precoces são vitais.
Atualmente, existe uma vacina contra leishmaniose visceral canina no Brasil, com uso restrito à proteção individual dos cães e não como uma ferramenta de Saúde Pública. A vacina está indicada somente para animais assintomáticos com resultados sorológicos não reagentes para leishmaniose visceral.
Fontes MS, OMS, BVS, Fiocruz
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