Janeiro roxo

Mês de enfrentamento da Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Antigamente chamada de lepra ou mal de Lázaro, tem afetado a humanidade há milhares de anos, e existem relatos de casos de lepra desde o ano 3000 a.C.  O termo “hanseníase” foi dado em homenagem ao médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, que descobriu a causa da doença em 1873.
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A hanseníase é uma doença silenciosa que se manifesta normalmente por manchas na pele e provoca diminuição da sensibilidade ou formigamento em mãos, pés ou olhos.  A transmissão acontece de pessoa para pessoa por secreções das vias respiratórias (nariz e boca). Por não sentir dor, o paciente, em muitos casos, não repara nos sintomas e não sinaliza em consultas de rotina. É importante estar atento aos sinais, o diagnóstico precoce evita a transmissão e instalação de incapacidades físicas. O tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar de ser uma doença silenciosa, não deve ser menosprezada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 210 mil pessoas são diagnosticadas com hanseníase a cada ano no mundo, sendo o Brasil o segundo país com maior número de casos novos notificados, atrás apenas da Índia.
Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia, fornecido pelo SUS.
É importante que se divulgue junto à população os sinais e sintomas da doença e a existência de tratamento e cura, através de todos os meios de comunicação. A prevenção baseia-se no exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.
O mês de janeiro é dedicado à luta contra a hanseníase. A campanha também tem como objetivo combater o preconceito em relação à doença e informar à população que não há motivo para ter medo ou vergonha. Pessoas em tratamento não transmitem mais a doença e não há necessidade de restrição de convívio social.

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