Ebola vírus novo surto na República Democrática do Congo

Um novo caso de ebola registrado na República Democrática do Congo motivou as autoridades sanitárias do país a declararem em final de abril de 2022 um novo surto da doença. É o terceiro surto de ebola no país desde 2018. O último havia sido encerrado em dezembro do ano passado.
A doença do vírus Ebola (DVE), conhecida anteriormente como Febre Hemorrágica Ebola, é uma doença grave, muitas vezes fatal e com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. A doença afeta os seres humanos e os primatas não-humanos, como macacos, gorilas e chimpanzés.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no dia 17 de julho de 2019, Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) por Ebola na República Democrática do Congo, medida prevista no Regulamento Sanitário Internacional. Neste momento, a OMS considera o risco elevado apenas no país afetado e países que fazem fronteira e não recomenda triagem para pessoas de países que não fazem fronteiras com a República Democrática do Congo.
O Ebola é uma doença de notificação compulsória imediata.  A notificação deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria de Notificação Compulsória PRC n° 4, de 28 de setembro de 2017, Anexo V, Capítulo I.
Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente (Notificação Imediata em até 24 horas) às autoridades de saúde das Secretarias municipais, estaduais, CIEVS estadual, CIEVS Nacional pelo Disque Notifica (0800-644-6645), bem como pelo e-mail notifica@antigo.saude.gov.br ou formulário eletrônico no site da SVS.

O reconhecimento precoce do DVE é fundamental para o controle de infecções. No entanto, como os sintomas precoces não são específicos do EVD, pode ser difícil distingui-lo de outras doenças, incluindo malária, leptospirose, gripe, febre amarela, dengue e outros vírus espalhados por insetos, ou infecções virais ou bacterianas do intestino, como febre tifoide. O fator epidemiológico de contato com casos procedentes da África é fundamental na elaboração da hipótese.
Dois anticorpos monoclonais (Inmazeb e Ebanga) foram aprovados para o tratamento da infecção pelo ebolavírus Zaire (Ebolavirus) em adultos e crianças pela Food and Drug Administration dos EUA no final de 2020.  
A vacina Ervebo tem se mostrado eficaz na proteção das pessoas contra a espécie Zaire ebolavirus, e é recomendada pelo Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização como parte de um conjunto mais amplo de ferramentas de resposta ao surto de Ebola. Em dezembro de 2020, a vacina foi aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA e pré-qualificada pela OMS para uso em indivíduos com 18 anos ou mais (exceto mulheres grávidas e amamentando) para proteção contra a doença do vírus Ebola causada pelo vírus Zaire Ebola.

Fontes: OMS, Ministério da Saúde, CDC, Agência Brasil

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