E as hepatites virais?

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se de infecções que afetam o fígado com sintomas que variam de leves, moderados ou graves. Na maioria das vezes são infecções assintomáticas, ou seja, que ocorrem sem que a pessoa sinta alguma alteração. Mas em outros casos, elas podem se manifestar como sintomas de cansaço, febre, mal-estar, tontura, náuseas, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

A hepatite A é causada pelo vírus da hepatite A (VHA). Os humanos são o único reservatório conhecido. A infecção por VHA é geralmente uma doença auto-limitada que não se torna crônica, porém casos graves e fatais de insuficiência hepática fulminante podem ocorrer em menos de 1% dos casos. A infecção confere imunidade ao longo da vida e é evitável através da vacinação. O VHA é um membro do gênero Hepatovirus na família Picornaviridae. A forma clínica da hepatite A foi reconhecida em 1947, sendo que o VHA foi identificado em 1973.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, nem sempre apresenta sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do fígado.
O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose não tratados.

Portanto, a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para evitar ou reduzir os impactos que essas infecções podem causar.

Curiosidades