Doença da arranhadura do gato

Doença da arranhadura do gato é uma infecção causada pela bactéria Bartonella henselae. Os sintomas são pápula local onde houve a inoculação e linfadenite regional. O diagnóstico é clínico e confirmado por meio de biópsia ou testes sorológicos. O tratamento é feito com aplicação de calor local e analgésicos e, às vezes, antibióticos.

O gato doméstico, principalmente jovem, é o principal reservatório para B. henselae.
Quase todos os pacientes com doença da arranhadura do gato informam contatos com gatos, a maioria dos quais é saudável. A infecção é transmitida aos seres humanos via mordida ou arranhadura.
Em 3 a 10 dias depois de mordida ou arranhão, a maioria dos pacientes com doença da arranhadura do gato desenvolve pápula indolor, eritematosa com crostas (raramente, pústula) no local da inoculação. Linfadenopatia regional se desenvolve dentro de 2 semanas. Os gânglios são inicialmente firmes e dolorosos, seguidos posteriormente por flutuação, podendo drenar com formação de fístula. Febre, mal-estar, cefaleia e anorexia podem acompanhar a linfadenopatia.

Manifestações incomuns:

– Síndrome oculoglandular de Parinaud (conjuntivite associada a nódulos pré-auriculares palpáveis) em 6%
– Manifestações neurológicas [encefalopatia, convulsões, neuroretinite (causa perda de visão unilateral aguda), mielite, paraplegia, arterite cerebral] em 2%
– Endocardite com cultura negativa, geralmente em valvulopatas.

– Doença disseminada em pessoas imunocomprometidas.

O benefício do tratamento com antibiótico não está claro e geralmente não é feito na infecção localizada em pacientes imunocompetentes.
A lesão de pele e a linfadenopatia cedem espontaneamente em 2 a 5 meses.

Fonte: Manual MSD, Sanford Guide

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