A apendicite é a inflamação do apêndice, que é uma estrutura em forma de pequeno tubo, localizada na primeira porção do intestino grosso, e é a causa mais comum de cirurgia de emergência no abdome em todo o mundo. O risco de apendicite ao longo da vida seja de 8,6% em homens e de 6,9% em mulheres e mais frequente na segunda e terceira décadas de vida. A incidência é maior na faixa etária de 10 a 19 anos e menor em crianças ≤9 anos. Também é maior entre os homens do que em mulheres numa proporção homem-mulher de 1,4:1.
Por mais de um século, a apendicectomia aberta (com corte na barriga para extrair o apêndice) foi o único tratamento para a apendicite, porém, hoje a laparoscopia (cirurgia através de pequenos furos na barriga) é a regra.
A apendicite ocorre por obstrução e inflamação do apêndice, mas a causa varia conforme a idade, sendo que em crianças e jovens a obstrução ocorre por proliferação do tecido linfoide e em pacientes mais velhos, a obstrução ocorre por fibrose, fecalitos ou câncer.
Uma vez obstruído o apêndice, ele se enche de muco e distende, comprimindo os vasos sanguíneos com consequente interrupção da circulação e necrose (morte do tecido) e proliferação bacteriana da flora local, composta por bactérias como a Escherichia coli, Peptostreptococcus, Bacteroides fragilis, e Pseudomonas, que invadem a parede do apêndice causando infecção com sintomas de dor abdominal, mal estar, náuseas, vômitos e febre. Uma vez que ocorrem a necrose e inflamação do apêndice, há risco de perfuração em 24 a 48 horas em pelo menos 65% dos pacientes, come evolução para sepse e óbito se o tratamento com antibióticos e cirurgia não forem instituídos.
Fique atento!
Fonte: UpToDate
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