A doença do beijo

A doença do beijo ou mononucleose infecciosa (MI) é uma doença viral aguda causada pela infecção pelo vírus Epstein-Barr (VEB), que ocorre principalmente em adolescentes e adultos jovens. O vírus transmite-se com dificuldade, necessitando de contato com saliva, que ocorre no beijo e no contato íntimo. Há relatos de transmissão durante a gestação, pela placenta. A infecção pode ser inaparente, ou seja, assintomática, mas quanto sintomática, o quadro clínico, possibilita o diagnostico na maioria das vezes.

O diagnóstico baseia-se em três critérios:

– Clínico: febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo, dor de garganta com amigdalite com secreção (exsudato) e faringite, as vezes com pequenas manchas no céu da boca
(sinal de Forchheimer), aumento dos linfonodos (especialmente do pescoço) e aumento do baço. Em cerca de 10% ocorrem manchas avermelhadas transitórias na pele; mas a ocorrência de manchas na pele pode aumentar até 90% nos casos do uso equivocado de ampicilina e amoxacilina. Em 30% pode ocorrer inchaço transitório das pálpebras (sinal de Hoagland);

– Laboratorial: hemograma com aumento de linfócitos, incluindo formas jovens chamadas de linfócitos atípicos; aumento das enzimas do fígado, as transaminases;

– Sorológico: aparecimento de anticorpos específicos conta o VEB.

A Síndrome da Mononucleose é uma condição em que os sintomas e sinais que o paciente apresenta são de mononucleose, mas sorologia é negativa; isso ocorre porque outras doenças podem causar quadros que “imitam” a mononucleose, clínica e laboratorialmente, como: citomegalovírus, toxoplasmose, HIV e mais raramente, adenovírus, micoplasma, primeira infecção pelo vírus herpes.

Fontes: Mandel text book, UpToDate.

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