Você sabe o que é sepse?

A sepse é um conjunto de manifestações inflamatórias graves em todo o organismo desencadeadas por uma infecção, seja bacteriana, viral, fúngica ou causada por protozoários. Era conhecida antigamente como septicemia, infecção no sangue ou infecção generalizada, mas o termo correto é sepse.
Na sepse, pode ocorrer o comprometimento de vários órgãos do paciente, podendo levar à morte. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.
Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina.
Estima-se cerca de 400 mil casos de sepse no Brasil por ano, sendo que desses, 240 mil morrem todos os anos. Além do elevado risco de morte durante a internação, sobreviventes da sepse comumente tem sequelas importantes tanto físicas quanto psicológicas.
Em 2017, a Organização Mundial da Saúde reconheceu a sepse como um problema de saúde pública mundial, por meio de uma resolução visando melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento adequado da sepse.
A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado. Isto é devido a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir equipe médica e interdisciplinar especializada e treinada.
É fundamental que as pessoas saibam que uma infecção não diagnosticada e tratada precocemente pode vir a evoluir para a sepse, e bem como é mandatório que as instituições de saúde tenham estratégias para a rápida detecção e tratamento da sepse a partir da implementação dos protocolos gerenciados para redução da mortalidade.
Fonte: Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS)
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