O que é mesmo um abscesso cutâneo?

Abscesso cutâneo é uma coleção localizada de pus em qualquer superfície da pele. Os sinais e sintomas são: área de dor, vermelhidão e tumefação firme da pele, que pode evoluir para área amolecida central, chamada de flutuação. O diagnóstico geralmente é óbvio ao exame. O tratamento é feito com incisão e drenagem, além de antibiótico.

As bactérias que causam abscessos cutâneos são tipicamente inerentes à pele das áreas acometidas. Para abcessos no tronco, nas extremidades, axilas ou cabeça e pescoço, os organismos mais comuns são Staphylococcus aureus (S. aureus resistente à meticilina -MRSA ou sensível a meticilina – MSSA) e estreptococos. Os abscessos na região perineal (inguinal, vaginal, glúteos e perirretal) contêm bactérias oriundas das fezes, geralmente anaeróbias ou aeróbias combinadas com anaeróbias, como por exemplo Eschericia coli.

Os abscessos têm tamanho variável, de 1 a 3 cm, mas às vezes é maior. Inicialmente, o edema é firme e, depois, quando o abscesso “amadurece”, a pele subjacente se torna fina e com sensação de flutuação ao toque. O abscesso pode então drenar de forma espontânea. Às vezes, há celulite local, linfangite, linfadenopatia regional, febre e leucocitose.

Abscessos pequenos podem drenar espontaneamente. Compressas quentes ajudam a acelerar esse processo. Incisão e drenagem são indicadas quando há muita dor, sensibilidade e edema. Sob condições estéreis, administra-se anestesia local com injeção de lidocaína ou spray congelante; nesses casos, idealmente, enviar amostra do material drenado para cultura e antibiograma.

Doenças que se assemelham ao abscesso cutâneo são hidradenite supurativa e cisto epidérmico, incorretamente chamado de cisto sebáceo.

Fontes: Manual MSD, UpToDate

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